domingo, 4 de maio de 2014

Motor e sistema de exaustão

A continuação da montagem envolveu o motor, que foi relativamente simples de montar. A única coisa a prestar atenção foi o alinhamento dos coletores de escapamento.
A figura abaixo mostra o motor, ainda sem a aplicação dos decais. É interessante notar como a unidade do motor é integrada com a caixa de câmbio e às suspensões. Eles formam um conjunto bastante compacto.
É interessante também discutirmos a necessidade dos coletores de escape, que são indicados na figura.


Por que eles tem que ter todas estas curvas? Bem, este aspecto é muito sofisticado do ponto de vista da Engenharia. O motor do carro trabalha com explosões da mistura ar-combustível, que ocorre em componentes chamados cilindros. O motor Peugeot do Jordan 197 tinha uma configuração de 10 cilindros em V, como mandava o regulamento da fórmula 1 na época. A energia liberada pela explosão move os componentes do motor chamados pistões. Uma vez tendo ocorrido a explosão dentro de cada cilindro, a mistura queimada precisa ser expulsa do mesmo, para que outra quantidade de mistura seja admitida e, em seguida, queimada. A exaustão dos gases queimados ocorre então em ciclos, obedecendo a sequência das explosões. Se os gases queimados forem direcionados para uma tubulação, estes ciclos geram oscilações de pressão na mesma. Estas oscilações, se forem controladas, acabam ajudando o próprio fluxo dos gases queimados, "puxando" a mistura queimada dos cilindros. Então, o formato alongado e curvado dos coletores de escape é feito para que estas oscilações de pressão otimizem o fluxo dos gases queimados para fora do motor. Para obter isso, é necessário calcular um determinado diâmetro e um determinado comprimento para estas tubulações. Daí o fato deles serem retorcidos, para que todos alcancem este comprimento de projeto, mantendo uma forma compacta.
Abaixo, o motor com a aplicação dos decais e da cera poliflor.


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