quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Trailer - Edu Vader - Direção Manu Sena

Quem de nós não gosta dos filmes da saga Star Wars?
Lembro que um os primeiros filmes que eu assisti no cinema, junto com os meus irmãos, levados pelo meu pai, foram Star Wars e Superman II, não lembro exatamente a ordem.
Outra lembrança particular é a do álbum de figurinhas do Retorno de Jedi. Como o papai deve ter tido paciência conosco! Nós não parávamos de pedir que ele comprasse mais e mais e mais figurinhas...
Que bom verificar que este tipo de paixão está sendo compartilhada pela nova geração!
Festa a fantasia de um amiguinho do prédio, nada mais natural do que aproveitar o momento para exercitar, com a ajuda da Ana, as paixões do moleque e da moleca. A minha prima Adriana prestou um apoio logístico inestimável para conseguir o Sabre de Luz.
Com a Direção da Manuela Sena, fantasiada de Han Solo, abaixo (tá bom, não era de Han Solo era Cowgirl mesmo, estou forçando a barra), o vídeo do Eduardo Sena como Edu Vader. Apoio de Figurino (presentes do ano passado): Tia Lea, Tio Batista, Luana, Mauro, Adriana e Marcelo.




Filhos! Não há coisa melhor!!!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Manômetros em U

Oi Pessoal, tudo bem?
Ontem de noite alguns alunos discutiram comigo algumas questões de Mecânica dos Fluidos lá no IESAM, para fazerem a Prova Substitutiva.
As três questões são sobre o assunto de manômetros em U, que são muito usados na indústria, devido à sua  simplicidade e à sua robustez.
Para conhecer os valores de pressão, devemos aplicar a equação manométrica.
Se interessar a alguém mais, segue o link. Bom estudo.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Exercícios - Integrais Definidas

As integrais definidas representam uma aplicação direta do Teorema Fundamental do Cálculo.
Através das aplicações desta técnica, é possível computar comprimentos, áreas e volumes, por exemplo, além de somatórios com o tempo.
Como a maior parte das equações da Física é aplicada a quantidades finitas de comprimento, área, volume ou tempo, as integrais definidas aparecem na aplicação de praticamente todos os fenômenos físicos.
Apesar de, hoje em dia, a maior parte destas equações ser resolvida numericamente, é muito importante saber calculá-las analiticamente. Dentre outras coisas, isto é uma ótima forma de exercitar a lógica que está presente em todo o processo de solução.
Assim sendo, o vídeo a seguir contém alguns exercícios deste assunto, para aqueles que precisarem de uma revisão do tema.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Exercícios - Integrais Indefinidas - Básicas e Substituição de Variáveis

As Integrais Indefinidas são um assunto sempre bastante interessante para os profissionais da área de Engenharia. Um grupo de alunos de Engenharia Ambiental do IESAM pediu para que eu resolvesse com eles algumas questões sobre este tópico de Cálculo.
Assim sendo, estou compartilhando com todos os estudantes que por ventura gostem do assunto ou queiram conhecer mais sobre o tema as soluções que fiz com eles. Elas estão no vídeo a seguir.

As técnicas usadas são integração direta a partir das Integrais Básicas e o processo de Substituição de Variáveis.
Espero que esteja claro e que vocês gostem. Abraço a todos.

domingo, 18 de novembro de 2012

Simulador de Bombas Hidráulicas do MDI e da Solve Engenharia - Eficiência Energética

Está pronto o simulador de Bombas Hidráulicas abordando o aspecto de Eficiência Energética do MDI.
O vídeo a seguir tem uma demonstração do mesmo. Procurei usar uma abordagem e uma linguagem simples, de tal forma que todos pudessem entender.



Em um post anterior, eu havia mostrado a fase inicial de desenvolvimento de um dos simuladores.

http://blogmanoelsena.blogspot.com.br/2012/08/simulacao-computacional-de-bombas.html

O simulador foi feito através de uma parceria entre o MDI e a Solve Engenharia. Ele passará a ser usado em cursos de capacitação, em disciplinas dos cursos de Engenharia do IESAM e em atividades de assessoramento e consultoria a empresas.
É isso aí. Bom domingo!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

MDI na Info Exame

Oi Pessoal, tudo bem?
Segue o link com uma reportagem que cita o MDI, no site da Revista Info Exame.

http://info.abril.com.br/noticias/carreira/veja-as-melhores-startups-do-norte-27092012-6.shl

Mais uma vez parabéns a todos os usuários e incentivadores do MDI.
Segue a reportagem na íntegra:

Veja as melhores startups do Norte


Por , de INFO
 
• Quinta-feira, 27 de setembro de 2012 - 09h40


São Paulo- O Desafio Brasil – uma das maiores competições nacionais de startups – divulgou os três primeiros colocados da sua etapa regional no Amazonas.
Confiar as ideias abaixo. Quem sabe, elas não te inspiram a montar seu próprio negócio?
1º lugar: MDI - Um simulador virtual de laboratórios específicos de física e química onde experiências podem ser feitas sem os custos de um laboratório físico.
2º lugar: Ingresse - Plataforma social de compra de ingressos on-line
3º lugar: Onhands! - Empresa que desenvolve aplicativos e plataformas de venda e-commerce para uso em dispositivos móveis
O Desafio Brasil é realizado pelo GVcepe – Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da Fundação Getúlio Vargas . Em sua sétima edição, ele já encerrou outras etapas regionais em Pernambuco, Ceará, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal.
Premiando boas ideias em 12 etapas regionais, o DB pretende selecionar as melhores empresas para competir em uma final nacional em São Paulo, realizada em outubro.
Os prêmios  incluem dinheiro, assessoria jurídica e a chance de participar de programas de aceleração no Brasil e no exterior.  Serão oferecidas também duas vagas para representar o país o Intel Global Challenge 2012 – competição mundial  realizada na Califórnia.


MDI e o Pólo de Ciência e Tecnologia - Guamá

Oi Pessoal, tudo bem?

Segue um link com a reportagem que o Pólo de Ciência e Tecnologia do Guamá - PCT Guamá, fez com o MDI.
http://www.pctguama.org.br/15-slideshow-news/119-empresa-do-para-esta-na-final-nacional-do-desafio-brasil
Parabéns à molecada do MDI, ao pessoal do PCT Guamá e, claro, aos nossos parceiros do IESAM!
Segue a íntegra da matéria:


Empresa do Pará está na final nacional do Desafio Brasil

A empresa paraense Mundo Digital Interativo (MDI), que atua na área de tecnologia educacional, foi a vencedora da etapa regional do Desafio Brasil, maior competição entre projetos de inovação tecnológica de empreendedores e empresas iniciantes do Brasil, realizada no dia 24 de setmbro em Manaus (AM). O Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá) apoiou a empresa na fase de Mentoring Sessions. Em sua sétima edição, o Desafio Brasil contou com a participação de mais de 1,3 mil startups nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. 

Com foco em desenvolvimento de softwares educacionais interativos, a MDI disponibiliza experiências para a realização de aulas práticas em laboratórios didáticos digitais interativos. Os produtos da empresa MDI são laboratórios que simulam variados tipos de experimentos e equipamentos. “O país passa por alguns desafios que precisam ser resolvidos para que o crescimento econômico e social ocorra da maneira mais eficiente e igualitária possível. Dentre eles, sem dúvida, está a Educação, principalmente com as disciplinas da área de Ciências Exatas. Ao dominar bem Matemática, Física e Química, os nossos estudantes terão condições de se preparar, da melhor maneira possível, para as suas atividades profissionais. Atuar neste problema é o nosso propósito. Assim sendo, mostrar às pessoas e convencê-las de que nós podemos fazer isso, usando Tecnologia desenvolvida na Amazônia, foi o nosso maior desafio na etapa regional do prêmio”, declara Manoel Sena, que dirige a MDI ao lado de Mauro Lima.

 A OnHands!, empresa do Pará especializada no desenvolvimento de aplicativos para os sistemas operacionais móveis iOS (iPhone, iPod Touch e iPad) e Android, também garantiu representatividade regional na competição, ficando em terceiro lugar. O segundo lugar ficou com a empresa  Ingresse, de Manaus (AM). A etapa em Manaus foi caracterizada por intensa competição. As empresas participantes, que já haviam passado por uma grande seleção prévia, tinham um nível muito alto. Durante um dia inteiro, elas tiveram seus planos de negócios avaliados e apresentaram publicamente seus produtos. “O júri foi formado por profissionais atuantes nas áreas de tecnologia e inovação, além de profissionais da Fundação Getúlio Vargas. Este ambiente de competição foi muito positivo para estreitar relações com outras pessoas que trabalham em empresas da região. Em especial, o contato com as empresas paraenses OnHands! e Zing (que também estavam na disputa regional) abre um grande potencial para colaboração em projetos. Podemos nos ajudar e crescer juntos nesta direção”, comenta Manoel Sena.

Para o empresário Manoel Sena, a mentoria prestada pelo PCT Guamá contribuiu positivamente  para garantir a conquista na etapa regional da competição. “A mentoria e a experiência do professor Erasmo Maia (consultor a serviço do PCT Guamá) foi muito importante para o processo de organização dos documentos e da apresentação. Além disso, o Parque atuou de maneira determinante em motivar muitos paraenses a participar do evento. Atuar como instrumento incentivador da inovação na Amazônia, que é uma das missões do Parque, é algo que já está sendo feito com eficiência. Só temos a agradecer todo o apoio recebido”, ressaltou.

É a primeira vez que uma startup do Pará entra na etapa final do programa, que é realizado pelo GVcepe – Centro de Estudos em Private Equity & Venture Capital da Fundação Getulio Vargas“Ficaríamos muito felizes em dizer que, através desta competição, contribuímos, mesmo que de forma muito modesta, para mostrar que temos uma história que devemos entender e valorizar”, assinala o empresário.

As fases semifinal e final do Desafio Brasil serão realizadas nos dias 4 e 5 de outubro em São Paulo (SP). As atividades previstas envolvem contatos com empresários experientes na área de tecnologia e com possíveis investidores para os projetos. “Os contatos e trocas de opiniões com estas pessoas sem dúvida servirão para melhorar o nível de planejamento e atuação de todas as empresas selecionadas. Na realidade, ao participar de um evento como este, em qualquer uma das suas fases, todas as empresas ganham”, completa.

A premiação para os vencedores da etapa final nacional inclui assessoria jurídica, consultoria em plano de negócios e a chance de participar de projetos de aceleradoras e incubadoras, no Brasil e no exterior. Além disso, duas startups também serão selecionadas para representar o Brasil no Intel Global Challenge 2012 at UC Berkeley, competição mundial da empresa norte-americana de tecnologia. No total, estão sendo oferecidos R$ 700 mil em prêmios aos empreendedores. 

Papel - O PCT Guamá tem como missão contribuir para um novo modelo de desenvolvimento para o estado do Pará, promovendo a pesquisa e inovação tecnológica, estimulando a cooperação entre instituições de pesquisa, universidades e empresas e oferecendo suporte ao desenvolvimento de atividades empresariais. Este parque tecnológico tem gestão da Fundação Guamá por meio de um convênio entre a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e com aporte financeiro da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Também tem o apoio da Eletrobras/Eletronorte, da Embrapa Amazônia Oriental, do Serviço  de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae-PA), do Museu Paraense Emílio Goeldi e da Universidade do Estado do Pará (Uepa).  

Texto: Solange Campos – ASCOM / PCT Guamá
Fontes: Agência Gestão CT&I de Notícias e MDIC.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Duas questões de Integral

Oi Pessoal, tudo bem?
Eu estava agora há pouco no Facebook e vi um comentário da nossa amiga Daryanne, do curso de Engenharia Ambiental, sobre duas integrais em particular.
Este assunto de integral parece ser difícil no início. Entretanto, a medida que você vai fazendo os exercícios, fica cada vez mais fácil. O que se aprende num exercício pode ser usado em vários outros.
Eu fiz a solução comentada destas duas integrais, com algumas informações sobre como proceder de uma maneira geral em questões deste tipo.
O vídeo está no endereço a seguir.

Abraço a todos!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Modelagem Hidrodinâmica da Baía do Guajará

A Baía do Guajará, que limita grande parte da cidade de Belém do Pará, é um corpo d´água muito singular. Sensação de imensidão durante o dia, lindos espetáculos coloridos ao pôr do sol e o reflexo prateado durante a Lua Cheia são apenas algumas das maravilhas proporcionadas pela Baía aos moradores da cidade.
A modelagem hidrodinâmica do qual trata o vídeo é uma abordagem muito interessante, fortemente baseada em Computação Gráfica, que serve para predizer o movimento das águas.
Estes estudos podem servir de base para análise da dispersão de poluentes e de transporte de sedimentos.
Fizemos várias modelagens deste tipo na Baía do Guajará, desde 2002, com muitos estudantes e professores envolvidos.
O projeto foi uma colaboração entre o IESAM, a UFPA e o INRS-ETE.
O modelo também serviu como elemento para a aprovação do financiamento para a construção do Portal da Amazônia.
Para ver as animações, clique no vídeo a seguir. Procuramos explicar como foi construído o modelo. O endereço Artigo Baía do Guajará é um link para um artigo que descreve os detalhes da modelagem. Na animação, você verá a Baía do Guajará como nunca antes. Veja o vídeo e divirta-se!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Início da Lista de Hidráulica - Conservação da Massa

Oi Pessoal!
Com este post, estamos iniciando a série de soluções de exercícios selecionados da Lista de Hidráulica.
O assunto abordado é a Equação da Continuidade ou Equação da Conservação da Massa. O que vem a ser isso? O velho ditado de que "tudo que entra, tem que sair".
Estou me referindo, por exemplo, a um fluido escoando por uma tubulação. A quantidade de massa de fluido que entra tem que ser a mesma que sai, se não tivermos reações químicas ocorrendo no escoamento.
O primeiro exercício da série diz respeito ao cálculo da velocidade média do escoamento em uma seção circular.
Bom, para o pessoal que não está cursando Hidráulica, mas gosta de Cálculo Integral, é um prato cheio. Uma bela aplicação!
Para acessar a solução, clique no vídeo a seguir.



As outras questões da lista serão postadas no canal:
www.youtube.com.br/mjssena

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Simulação Computacional de Bombas Hidráulicas

Você sabia que em torno de 31% de toda a energia elétrica consumida pelas indústrias do mundo é usada para acionar Bombas Hidráulicas? Se você não sabe ainda o que é uma Bomba Hidráulica, fique sabendo que, dentre outras coisas, você só consegue ter água encanada em sua casa por causa delas.
As bombas servem para mover fluidos de um local para o outro, usando energia para "empurrá-lo" para o seu destino.
Grande parte das bombas é usada em velocidade constante de rotação, pois estão conectadas a um motor elétrico que tem rotação constante. Como as demandas pelos fluidos variam (assim como em sua rua existe horas em que é mais normal que as pessoas estejam tomando banho do que em outras), tem-se que controlar de alguma forma o fluxo das mesmas.
Tradicionalmente, usam-se válvulas na tubulação para fazer isso. Em sua casa, estas válvulas são as torneiras. Esta forma consome muita energia. Entretanto, há uma maneira de fazer isso diferentemente, sem usar válvulas! Trata-se do controle de velocidade através do uso de inversores de frequência.
Se ficou complicado, não se preocupe! A Solve Engenharia (www.solveengenharia.com.br) elaborou uma metodologia que torna este processo acessível a qualquer Engenheiro. Para isso, o Diretor da Empresa, Prof. André Mesquita, também professor da UFPA, montou um curso de capacitação sobre o assunto que está fazendo muito sucesso entre empresas das mais variadas indústrias.
Além do mais, o Prof. André projetou quatro bancadas para a simulação de bombas em sistemas de velocidade constante e variável. Elas estão sendo implementadas pelo MDI (www.mdi.pro.br) em cooperação com o IESAM (www.iesam-pa.edu.br).
A figura a seguir mostra uma visão de uma das bancadas. Elas estão ficando fantásticas e serão muito úteis para o aprendizado!
Se você trabalha em alguma empresa que precise fazer o curso, basta entrar em contato com a Solve Engenharia (informações no site).

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Força de Sustentação no Porsche 917

Continuando a história a partir do post anterior, quando Brian Redman voltou finalmente aos boxes, tinha um sorriso que ia de orelha a orelha, e disse "agora sim pode-se pilotar este carro". Ele havia baixado o tempo total da volta em 3 segundos. Com mais alguns ajustes, o carro obteve um tempo 2 segundos melhor ainda.
Ou seja, uma pequena mudança aerodinâmica transformou um carro muito difícil de pilotar e lento em um carro muito rápido e fácil de pilotar.
De volta à fábrica da Porsche, foram feitos desenhos em escala real de forma manual, para orientar a equipe de fabricação para desenvolver um novo perfil para o carro, baseado nos testes.
Pode parecer estranho para nós hoje em dia a necessidade de desenhos em tamanho real na Engenharia. Naquela época, entretanto, para obter peças com precisão, esta era a única saída. Lembrem-se, simplesmente não existiam programas CAD ou mesmo microcomputadores.
Neste ponto podemos voltar a explorar a miniatura. A figura abaixo mostra a configuração após os testes, já na pintura da equipe John Wyer.
Como efeito colateral, a modificação levou a um maior arrasto aerodinâmico, mas a força de sustentação negativa mais do que compensava este arrasto. Vou ilustrar isto no desenho abaixo.

A força resultante na figura, causada pela diferença de pressão entre o ar nos dois lados do carro faz com que ele fique colado no chão, faça as curvas com muita estabilidade e passe mais confiança aos pilotos. Esta força é a chamada de Força de Sustentação do parágrafo anterior.
Você pode deduzir esta força analisando a Equação de Bernoulli em seu livro de Física. Quanto maior a velocidade do escoamento, menor a pressão. E vice-versa. As formas da carroceria fazem o escoamento ser mais lento na parte superior. Daí a sustentação.
A partir do mês de outubro, poderemos simular estes fenômenos no túnel de vento desenvolvido pelo IESAM e pela Solve Engenharia.
Existem algumas outras informações interessantes que serão tratadas a contento. Até lá!

domingo, 5 de agosto de 2012

O teste aerodinâmico em Osterreichring

Vamos continuar a série de postagens sobre a aerodinâmica do Porsche 917.
Os problemas de estabilidade do Porsche 917 eram realmente muito grandes, apesar do carro ser muito rápido. A primeira vez que ele foi pilotado em Le Mans, em um teste em março de 1969, pelos pilotos Hans Hermann e Rolf Stommelen, apesar deles terem feito os melhores tempos, saíram do carro com os olhos arregalados de medo, tamanha a "dança" do carro em altas velocidades.

Estas primeiras versões do carro eram equipadas com aerofólios traseiros conforme mostrado pela seta em amarelo que fiz figura a seguir.
Para ter mais possibilidades de vencer em Le Mans, a Porsche fez então um contrato com uma equipe inglesa, a John Wyer Racing, vencedora várias vezes em Le Mans, para ser a equipe oficial representando a fábrica. Para que a equipe se aclimatasse ao carro, o engenheiro John Wyer programou um teste para o outono de 1969, no circuito austríaco de Osterreichring.
Durante o teste, os problemas aerodinâmicos continuaram se manifestando. Os pilotos presentes ao teste, Brian Redman, Leo Kinnunen, Kurt Ahrens e Piers Courage, declaravam muito receio do carro. Redman, um dos mais experientes pilotos da Porsche, era o mais incomodado com a situação.
Já tarde durante o dia, um dos engenheiros da Wyer, chamado John Horsman, notou que, enquanto a parte frontal do carro estava muito marcada por restos de insetos e folhas, pois o circuito era inserido em uma densa floresta, os aerofólios traseiros estavam completamente limpos.
O que isto poderia significar? Se pensarmos bem, isto significa que provavelmente esta parte do carro não estava tendo contato suficiente com o ar. Isto significava que a aerodinâmica do carro estava desviando o ar para fora do volume de atuação dos aerofólios. Em outras palavras, eles estavam inoperantes.
Após uma reunião entre os engenheiros da Wyer e da Porsche, uma radical decisão foi tomada. A traseira do carro foi recortada e, com a ajuda de folhas de alumínio levadas para o teste, uma traseira diferente foi improvisada para o carro, a custa de muitos cortes, solda, marteladas e fita adesiva. Esta incrível iniciativa foi imortalizada na foto abaixo.
Brian Redman foi então chamado para dar duas voltas no carro e falar de suas impressões. Redman saiu para o circuito, deu as duas voltas, mas não voltou para os boxes. Fez várias, várias e várias voltas, deixando todos na expectativa e então finalmente retornou.
Bom, já dá para notar que o processo acaba sendo uma lição de método na Engenharia.
A conclusão desta história fica para outro post. Até lá.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Arrasto Aerodinâmico

Para continuar a história da aerodinâmica do Porsche 917, precisamos compreender o conceito de Arrasto Aerodinâmico. Quando quaquer objeto se desloca em um meio fluido, como o ar, por exemplo, o fluido oferece uma resistência ao escoamento, devido entre outros aspectos, à viscosidade do mesmo.
A figura a seguir tem dois desenhos. À esquerda, um carro esporte e, à direita, um caminhão. Ambos, ao se deslocarem, experimentam uma resistência do ar. Isto é representado por uma força oposta ao sentido do deslocamento. A esta força dá-se o nome de Arrasto Aerodinâmico (clique na figura para ampliar).
Quanto maior à área da seção transversal ao deslocamento, maior o arrasto aerodinâmico. O caminhão, por exemplo, tem um arrasto aerodinâmico maior que o do carro esporte.
Em um carro de corridas, quanto menor o arrasto aerodinâmico, melhor, pois o carro poderá alcançar maiores velocidades, por ter menos resistência do ar a vencer com uma dada potência do motor.
A figura a seguir mostra uma das primeiras versões do Porsche 917. O projeto foi feito para que o carro tivesse o menor arrasto aerodinâmico possível. Isto seria particularmente vantajoso nas longas retas do circuito de Le Mans. Esta filosofia de projeto era capitaneada pelo diretor da Porsche na época, Ferdinand Piech.

Entretanto, surpreendentemente, esta filosofia causaria alguns problemas que viriam a comprometer muito o desempenho e a segurança do carro e, em última análise, mudar para sempre o panorama da aerodinâmica dos carros de corrida. Isto será assunto de outros posts. Até lá.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Aerodinâmica, Porsche 917 e História do Cinema

Retomando as postagens, vamos abordar o assunto aerodinâmica. Como nossa companheira nesta tarefa, temos a miniatura do Porsche 917 da AutoArt, na escala 1:18. Esta escala é adequada para discutirmos muitos aspectos associados a este apaixonante assunto da aerodinâmica. Abaixo, uma foto da miniatura. Ela foi adquirida há cerca de três anos. Ela é muito realista, inclusive com motor e interior detalhados, que conheceremos depois.
Do ponto de vista da aerodinâmica, a história deste carro é tão interessante que vai exigir vários posts para a sua compreensão.
Apesar da aparência muito próxima dos carros atuais de Endurance, este carro correu as 24 horas de Le Mans de 1970!!! Foi pilotado na corrida pela dupla de pilotos Jo Sifert e Brian Redman. O carro não completou a prova. A caixa de câmbio não suportou um erro de marcha de Jo Siffert quando ultrapassava retardatários após cerca de cinco horas de corrida.
Entretanto, este carro ficou mundialmente famoso, tendo inclusive entrado para a História do Cinema! Como? Foi nesta corrida que aconteceram as filmagens do filme Le Mans, estrelado pelo saudoso Steve McQueen. E este era o carro pilotado por ele no filme. O filme se tornou um clássico, pela história de amor e pelas incríveis imagens captadas na própria corrida. O vídeo abaixo, disponível no You Tube, mostra a largada da corrida no filme.
Se você gosta de corridas, aumente o volume!

Nos próximos posts, a história da aerodinâmica do carro. Até lá!



quarta-feira, 18 de julho de 2012

Exercício de Equilíbrio de Forças usando o MDI para Simular o Resultado


A simulação computacional pode ser útil para entender e visualizar exercícios tradicionais e clássicos?
A resposta é sim! Esta é uma nova tendência no estudo desta fantástica disciplina.
Uma das aplicações do MDI, do qual tenho falado tando neste blog, é a solução de exercícios de Física usando a simulação computacional.
Desta forma, pode-se comparar os resultados da simulação diretamente com as respostas obtidas pelo método de solução tradicional.
Ou seja, de uma maneira geral, podemos "ver as coisas" acontecendo nas simulações, o que dá uma outra dimensão à solução de qualquer exercício. Isto pode ser feito antes ou depois de começarmos a escrever as equações.
O vídeo a seguir tem uma demonstração do processo.

Para os alunos do IESAM que fizeram cadastro no sistema, basta acessar www.mdi.pro.br para ter acesso ao simulador de forças do vídeo e a muitos outros!

Saque Jornada nas Estrelas

Vamos nos preparar desde já para torcer nas Olimpíadas!
Para quem tem interesse em vôlei, fizemos uma análise Física do saque Jornada nas Estrelas, criado pelo famoso jogador Bernard.
Esta análise foi feita com a ajuda do simulador do MDI.
Você também pode analisar outras simulações MDI em outros posts do blog.

sábado, 14 de julho de 2012

Pronta a Ferrari F1-87!

E ficou pronta a Ferrari F1-87. Depois de muito trabalho, ajuda dos filhos e compreensão da esposa para suportar a bagunça, a montagem está terminada. O que não significa que não dá para fazer várias análises ainda do ponto de vista técnico. Deixaremos isto para depois.
 Por incrível que pareça, colar os decais dos pneus (Goodyear Eagle), foi o momento mais crítico da montagem. Vieram seis jogos de decais para quatro pneus. Sinal de que o fabricante já prevê esta dificuldade. E eu danifiquei exatamente dois conjuntos antes de pegar o jeito. Eles tem que ser colados de maneira diferente dos outros. No fim, deu tudo certo. A tampa do motor é removível, para que possamos ver todos os detalhes do mesmo quando for necessário.
Vou analisar em um outro post algumas características muito interessantes do Design Gráfico associado com este carro. Clicando na figura, percebe-se que ele é muito equilibrado neste aspecto.
Como a miniatura é toda feita de plástico, ela é frágil e deve ser guardada com cuidado. De preferência, em uma estante que tenha uma porta de vidro. Assim, ela pode ficar ao mesmo tempo exposta e protegida da poeira.
Como observação, gostaria de dizer que este tipo de atividade, a montagem destes kits, é uma tarefa que ajuda bastante a relaxar e a passar o tempo. Vale a pena mesmo. É algo que aconselho!
Espero que tenha sido legal acompanhar a montagem e as discussões sobre o funcionamento do carro nos posts anteriores!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O MDI em Um Minuto

O Mundo Digital Interativo é um projeto feito por nós, um grupo de professores e alunos do IESAM.
Por enquanto, os estudantes do IESAM estão usando ele.
Logo logo o sistema estará disponível para todos que quiserem se associar e, assim, aprender com mais facilidade Matemática, Física e Química!


No vídeo, uma descrição do MDI em um minuto.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Tomadas de ar e derivas laterais

A montagem se aproxima do final, com a carenagem do motor, as derivas lateriais do aerofólio dianteiro e as tomadas de ar dos turbocompressores.
Estas tomadas de ar são mostradas na figura. Elas têm a função de aspirar o ar atmosférico para o motor, passando o mesmo através do turbocompressor. Elas são classificadas como periscópicas, ou tipo snorkel, porque se projetam a partir da carenagem.
As tomadas de ar laterais, maiores, ao lado do cockpit, servem para levar ar aos radiadores, conforme foi explicado em um dos posts anteriores. É muito comum se pensar que as grandes tomadas de ar laterais levam ar ao motor. Entretanto, elas são grandes assim devido à grande quantida de ar necessária para refrigerar o motor. Par alimentar o motor de ar, apenas as tomadas periscópicas. Junto com o deslocamento do carro, entretanto, elas oferecem uma vazão muito grande de ar.
Na figura, também é possível ver a montagem de duas novas lâminas e das derivas laterais do aerofólio dianteiro. Estas derivas cumprem o objetivo de disciplinar o ar que passa pelo aerofólido, diminuindo o fluxo de ar no sentido perpendicular ao eixo do carro, quando ele faz as curvas. Isto aumenta a eficiência aerodinâmica do aerofólio, pois este fluxo de ar perpendicular atrapalho o escoamento que passa pelo aerofólio. Além disso, nas retas, estas derivas ajudam também a organizar o fluxo de ar para refrigeração dos freios dianteiros.
Como vocês podem ver, falta pouco para terminar!

Blog Engenharia de Produção

A Profa. Ivete Teixeira, Coordenadora do Curso de Engenharia de Produção do IESAM, juntamente com os seus alunos, organiza um blog muito interessante.
O endereço do mesmo é http://engproducaoiesam.blogspot.com.br.
No Blog de Engenharia de Produção do IESAM, são discutidos temas diversos da área de Engenharia, não apenas da Engenharia de Produção.
Além do mais como todas as Engenharias estão ligadas entre si e com outras profissões, vale bastante uma visita frequente ao blog!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Rodas, Pneus e a Física

Continuando a montagem com as rodas e os pneus. Na figura, podemos ver que há dois pares de pneus, com diferenças de largura entre eles.
Os mais largos são os pneus traseiros. Esta diferença de largura está diretamente ligada com a necessidade de transmitir torque do motor para o asfalto (torque é o equivalente a uma força aplicada acompanhada de uma rotação em relação a um ponto. Isto acontence porque os pneus transmitem força enquanto giram).
Pelo efeito da 3ª Lei de Newton, o princípio da ação e reação, o asfalto também faz uma força no carro, que o empurra. Isto faz ele se movimentar.
Como o torque do motor de um fórmula 1 é muito alto, o pneu precisa de uma área grande para transmiti-lo ao asfalto. Se ele fosse bem menos largo, o torque alto tenderia a fazer ele torcer demais nas curvas, desequilibrando o carro.
E os pneus da frente, por que não precisam ser tão largos quanto o de trás, mas ainda assim precisam ser largos? Por que eles também precisam ajudar o carro a manter a aderência nas curvas. Quanto mais largo melhor, mas eles não podem ser largos demais, pois começam a atrapalhar a aerodinâmica. Como os de trás são mais largos, devido à necessidade da transmissão do torque, eles também dão conta das curvas sem problemas.
E vamos continuando a montagem!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Montagem - Tolerâncias de Fabricação

A montagem continua com a conexão do aerofólio traseiro e do motor no restante do carro.
Cabe uma observação que me deixou realmente impressionado. Existe um parâmetro em Engenharia que se chama Tolerâncias de Fabricação. Este termo é usado para quantificar o quanto que as peças em uma determinada linha de produção podem diferir umas das outras, já que é impossível fazê-las totalmente iguais.
Dependendo do produto, estas tolerâncias são maiores ou menores. Tolerâncias menores implicam em maior controle nos processos de fabricação e, consequentemente, em maior custo.
No caso de produtos de baixo custo e que não necessitem de muita precisão em sua montagem, estas tolerâncias são grandes e, frequentemente, as peças não "se encaixam" com exatidão.
No caso, por exemplo, de aeronaves, automóveis ou equipamentos eletrônicos, estas tolerâncias são baixas. Daí o seu custo mais elevado.
Nesta miniatura, eu fiquei impressionado com as reduzidas tolerâncias na fabricação. Como já foram montadas dezenas e dezenas de pequenas peças separadamente, é surpreendente que os encaixes, ao juntar o motor, o aerofólio e o restante da carroceria fiquem tão bons. Parabéns ao fabricante, a Fujimi.
Agora esta ficando mais parecido com um Fórmula 1, não acham?

Discos de Freio e Radiadores

Os discos de freio, juntamente com as pastilhas, foram instalados, tanto na roda dianteira, quanto na roda traseira, como mostra a figura.
O princípio de funcionamento destes freios é dissipar a energia cinética do carro, transformando-a em calor, quando as pastilhas são pressionadas contra os discos. Elas são pressionadas através da pressão que é exercida no pedal de freio, através de um circuito hidráulico. É um grande exemplo de como a Física é aplicada nestes carros, não? É o velho ditado "Na Natureza, nada se perde, tudo se transforma". Este tipo de sistema é o mais eficiente que existe no momento, apesar da sua simplicidade.
Na figura é também possível notar os radiadores, que tem muita relação também com o calor, como comentado em um dos posts anteriores.
Logo logo vai ser feita a montagem do motor na carroceria. Tem que dar tudo certo nas conexões! Vamos ver.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Corpo do Carro

A montagem continua com a união entre o cockpit e o assoalho do carro.
Alguns elementos importantes aparecem agora, e são destacados na figura, em amarelo.
O aerofólio dianteiro, assim como o traseiro, funciona como uma asa de avião invertida para aumentar a aderência nas curvas.
Os retrovisores foram claramente inspirados no modelo anterior projetado pelo Engenheiro John Barnard, para a McLaren, o MP4-2. Eles estão colocados colados à carroceria, para aumentar a eficiência aerodinâmica. Um fato curioso é que uma versão anterior deste carro, que não chegou a correr, tinha os retrovisores montados de forma tradicional, afastados da carroceria, como pode ser visto na foto a seguir.
Ao que tudo indica, isto foi uma das primeiras influências de Barnard ao chegar á equipe vindo da McLaren.
O Santo Antônio tem este nome por se tratar de uma estrutura muito resistente feita de tubos de metal que, durante uma capotagem, impedem que a cabeça do piloto toque o chão. Trata-se de um equipamento de segurança.
O tubo de Pitot serve para medir com precisão a velocidade do carro, principalmente para o gerenciamento da eletrônica de bordo. Foi uma destas peças que se congelou e contribuiu, aparentemente, para a queda do vôo AF 447, em 2009.
Agora o carro começa a se parecer com um Fórmula 1, concordam?

domingo, 8 de julho de 2012

Peças e Decais

Continuando com a montagem da miniatura, foi montado o aerofólio traseiro. Foi a peça, até agora, mais difícil de montar. Ele é composto por duas placas laterais e várias lâminas horizontais. O alinhamento enquanto a cola seca é a causa de toda esta dificuldade.
O aerofólio traseiro consiste de uma série de "asas invertidas", que são as lâminas horizontaid. Elas geram pressão aerodinâmica para manter o carro mais preso ao chão e, com isso, fazer curvas mais rápido.
Também foram montados os radiadores laterais, que servem para resfriar o motor ao fazer o vento (que está frio) que passa pelo carro trocar calor com água que circular por tubos dentro das partes sólidas do motor (que estão quentes), para manter a temperatura de funcionamento ideal. Clique na figura a seguir para uma visão melhor destes elementos. Eu os indiquei em amarelo.

Outra decisão delicada, mas que se revelou importante, foi colar os decais neste momento. Especialmente difícil foi a colagem do decal amarelo da Agip (empresa italiana do setor de petróleo), na carenagem traseira. Foi necessário cortar, com a ajuda de uma tesoura (o estilete estragaria o decal), o decal de cada lateral em três partes. Este procedimento não estava no manual, mas não vi outra possibilidade que não de fazer isso. No final, deu certo, mas foi muito delicado.
E vamos continuar a montagem!

Simulações Computacionais

A simulação computacional tem o poder de atrair a nossa atenção com jogos de computador e muitas outras coisas. Temos procurado ao longo do último um ano e meio, através do Projeto de Pesquisa do MDI, construir uma base a partir do qual os estudantes de Física e Matemática possam se beneficiar.
Já temos um contrato com o IESAM, para atuar no Nivelamento dos Cursos de Graduação, em especial, os de Engenharia. A partir do mês de setembro, temos uma surpresa para os potenciais usuários do sistema.
Muitas idéias novas estão sendo implementadas. Espero que vocês gostem.
O vídeo a seguir, narrado por mim, tem um resumo do principio de funcionamento do sistema.
Com certeza muitos estudantes se beneficiarão da ferramenta e permitirão o seu desenvolvimento contínuo.

sábado, 7 de julho de 2012

Cockpit

A montagem do cockpit foi muito interessante. É uma forma mais reconhecível do carro.
Note que o cockpit é bastante estreito. Mesmo naquela época, os pilotos já tinham pouco espaço para se movimentar. O piloto Gerhard Berger, por exemplo, atuava com joelheiras e cotoveleiras neste carro.
Destaque especial para a colagem do decal no centro do volante, com o cavalinho da Ferrari. Até agora eu não sei como eu consegui fazer. O decal é minúsculo. O método de aplicação é cortar o mesmo da folha de decais, mergulhá-lo em água durante um tempo e, cuidadosamente, arrastá-lo para a peça onde ele será aplicado. O desenho no painel também é um decal.
Também vale ressaltar o quanto o volante é limpo. Não há nenhum botão. Bem diferente do que acontece hoje em dia, com os volantes que se parecem com controles de video game. Os dois tipos têm o seu charme.
Também foram montados nesta fase o assento do piloto, bem como a suspensão dianteira e o sistema de direção.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Turbocompressores

Os motores da Fórmula 1 em 1987 eram turbocomprimidos. O que significa isso?
Os motores funcionam com base em uma explosão de uma mistura ar e combustível. Só que a reação ocorre com uma determinada proporção entre estes dois componentes. Quanto mais ar o motor puder aspirar, mais combustível poderá ser adicionado à mistura. Mais forte será então a explosão.
Os turbocompressores são turbinas acionadas pelos gases de escapamento do motor. É um sistema de reaproveitamento de energia.
A turbina aciona um compressor que comprime mais ar para ser aspirado pelo motor.
A miniatura que estamos montando reproduz este sistema. Coloquei a foto abaixo, que mostra o fundo do carro parcialmente montado e indiquei dois fluxos, para explicar o funcionamento.
Na turbina acontece o fluxo vermelho e no compressor o fluxo azul. A turbina e o compressor são as duas peças prateadas que estão fixas na parte superior dos canos de escapamento.
No fluxo vermelho, em 1, os gases resultantes da combustão vêm do motor e acionam a turbina. Estes gases saem pelo escapamento em 2.
No fluxo azul, o ar atmosférico é aspirado pelo compressor em 1 e é direcionado para o motor, em alta pressão em 2.

História - Ferrari F1-87

Um pouco de história sobre o nosso modelo que está sendo montado.
A Ferrari F1-87 foi desenvolvida durante o ano de 1986, por uma equipe comandada pelo engenheiro autríaco Gustav Brunner. Esta equipe foi reforçada no final do ano, com a chegada do inglês John Barnard, que assumiu a Direção do desenvolvimento na equipe. Os pilotos foram o italiano Michelle Alboreto e o austríaco Gerhard Berger.
O carro, aparentemente, foi muito inspirado no Williams fw-11, que estava dominando a temporada de 1986. De fato, os dois são muito parecidos na forma e na disposição dos elementos principais.
Segue uma belíssima vista em corte do modelo:
O carro começou a temporada com sérios problemas de confiabilidade, deixando de pontuar em várias corridas por problemas diversos. Entretanto, a partir do último terço da temporada, a competitividade começou a aparecer e Berger fez a pole em Portugal e quase ganha a corrida, liderando quase a prova toda, mas rodando a três voltas do final. Ainda assim, chegou em segundo.
Depois disso, o carro venceu as duas últimas corridas de forma dominante, ambas com Berger ao volante, no Japão e na Austrália.

Suspensão e Freios Traseiros

Segue a montagem das rodas e sistemas de freio traseiros.
Como pode ser notado, o motor está montado na direção longitudinal, perpendicular ao eixo das rodas traseiras. É possível também ver na figura a caixa de câmbio, situada na parte de trás, logo atrás da posição do eixo das rodas.
Nota-se também dutos de refrigeração dos freios, na forma de periscópios, colocados na parte de cima dos mesmos.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Início da montagem - Motor

A montagem foi iniciada seguindo à risca as instruções do manual. Neste caso, com a montagem do motor e do sistema de suspensão traseira.
A montagem foi um pouco tensa. Entretanto, ela ficou muito mais fácil com o uso de uma cola da Tamiya, específica para este tipo de aplicação. Ela tem uma viscosidade bem pequena e tem um pincel para aplicação. É fácil de achar nas lojas especializadas ou no Mercado Livre.
É impressionante a qualidade do kit. As peças se encaixam com muita precisão. Como eu não estava acostumado com isso, pois os brinquedos de montar das crianças (com estes sim eu estou acostumado) não seguem sempre este padrão, isto me impressionou deveras!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A lavagem

Esta dica eu obtive nos sites especializados de modelismo. É necessário lavar o kit antes de montar!
Esta eu não sabia. O motivo é que, durante a fabricação, as peças ficam com uma camada de resina que é uma espécie de resíduo do processo de moldagem. Acredito que deva ser para que as peças saiam com mais facilidade dos moldes. Como se faz ao untar uma forma de bolo com manteiga.
Se esta camada não for retirada, os decais podem reagir com ela com o passar do tempo.
Bom, de qualquer forma, fizemos a lavagem. Com sabão neutro!
Peças lavadas na figura abaixo.

O kit Fujimi Ferrari F1-87

O kit é muito prático por um detalhe: ele vem pintado com as cores básicas da imensa maioria dos componentes. Como eu não sou um modelista, longe disto, é o ideal. Por quê? A pintura é a parte mais trabalhosa e delicada do processo de montagem, sem falar no conhecimento técnico e mesmo na infraestrutura que ela exige.
Na caixa, já temos uma idéia de como o carro ficará após a montagem. Bonito, não? aliás, a caixa é muito bem feita. Dá vontade de planificar a mesma, colocar em uma moldura e colocar na parede do quarto. Confesso que pensei em fazer isso, mas acho que a minha esposa não curtiria muito a idéia.
As peças são muito bem acabadas e o manual tem uma impressão de boa qualidade. Os decais são muito realistas, mas dá medo só de pensar que tem que dar tudo certo no processo de fixação dos mesmos. Vamos lá.
O objetivo deste blog é a troca de opiniões sobre os mais diversos assuntos, em especial a Física Aplicada, o Automobilismo e o Modelismo.
Como estamos de Férias, vamos iniciar o blog com o processo de montagem de um kit da marca Fujimi, do Ferrari F1-87.
Para mim, a compra ou a montagem de uma miniatura se justifica se você tem alguma coisa a ver com aquele modelo. Assim sendo, cada vez que você olhar para ele na estante, terá uma boa lembrança.
Neste caso, eu tive pela primeira vez contato com este carro através de uma revista Quatro Rodas do mês de abril de 1987. De cara, achei ele muito lindo.
Cheguei a fazer vários desenhos dele, em meus cadernos da época. Ainda não tinha me decidido a cursar Engenharia Mecânica, pois estava no primeiro ano do segundo grau de então. Mas com certeza o contato com as informações deste carro me ajudaram a decidir o meu futuro profissional.
Consegui o kit através do Mercado Livre, que quebra realmente um galho muito grande, pois aqui em Belém, ainda não temos lojas de modelismo. Ele custou aproximadamente R$ 120,00. Para mim, isto não é barato, mas acredito que a montagem será muito divertida, e ele servirá como inspiração adicional em minha estante.
Na foto, coloquei os moleques, Manu e Edu, para trabalhar na abertura das embalagens, o que eles fizeram com muito prazer.
Ao mesmo tempo em que a montagem for acontecendo, procurarei colocar detalhes interessantes sobre ele, que sejam, principalmente fruto das minhas modestas observações.
Bem vindo ao Blog!